"Os professores fascinantes se atualizam constantemente e descobrem ferramentas pedagógicas capazes de provocar impactos emocionais nos alunos para estimular o desenvolvimento da inteligência. Sabem que sua marca é a paixão, a garra, o entusiasmo.".
(Augusto Cury)

segunda-feira, janeiro 10, 2011


Inclusão

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"Inclusão de pessoas com deficiência na escola -      
um desafio a ser enfrentado" 




Esse tema nos mobiliza porque nos obriga a repensar vários conceitos: de escola, de aprendizado, de sucesso e de docência. Estes conceitos são construídos na nossa experiência de vida, como alunos e professores. A experiência que vivemos como alunos, e a que vivemos até pouco tempo como educadores não era inclusiva. A inclusão nos pegou de certa forma desprevenidos.
A discussão é: qual a qualidade das inclusões que estão acontecendo nas escolas?
Existem inclusões precárias, marginais e instáveis. Que significado esses tipos de inclusões tem na vida do sujeito?

Para termos uma inclusão em todos os sentidos é necessário haver a democratização dos espaços sociais, ter a diversidade como valor e uma sociedade para todos.

Portanto, incluir não é só colocar junto! É respeitar a diferença como constitutiva do ser humano.
O valor, positivo ou negativo, que se atribui à diferença é algo construído nas relações humanas.
Dessa forma, a questão central da inclusão não está na diferença em si, mas no valor a ela atribuído.

Inclusão na Escola:

Para pensar a inclusão na escola temos que superar a lógica de agrupar os iguais.
A sala de aula é espaço de diferença, de heterogeneidade.

Quando falamos de escola inclusiva, falamos de cidadania.
A lei garante apenas o direito, a inclusão efetiva fica por conta da escola.

Princípios básicos para a inclusão na escola:

  • Todos são capazes de aprender;
  • Nós somo capazes de ensinar a todos.
No entanto, nem todos aprendem da mesma forma, ao mesmo tempo, a mesma coisa.
Há diferenças no processo que precisam ser respeitadas.
Então, respeitar a diferença no processo é respeitar a diferença no resultado, é repensar o conceito de sucesso na escola. Romper com a idéia de sucesso homogêneo. Precisamos individualizar o olhar sobre o sucesso. Temos que descobrir o sucesso para cada um. Não se trata de nivelar por baixo, mas respeitar a sua individualidade.
Cotidiano da escola inclusiva:
Relações criança-criança:

  • aprendizagem inter-pares;
  • proporcionar espaços de aprendizagem cooperativa que possibilitem às crianças trocar informações, serem parceiros
Cooperação criança-criança e a mediação do professor:

  • simplesmente colocar as crianças lado a lado não garante interações positivas;
  • a mediação do professor é essencial para que todas as crianças possam tirar o mauior proveito possível da parceria.
Cooperação e organização da sala de aula:

  • presença de regras claras;
  • respeito mútuo;
  • aceitação e compreensão das necessidades do outro;
  • processo aberto e dinâmico de negociação onde o aluno se sente responsável e participante.
Cooperação entre educadores:

  • a escola inclusiva deve se constituir numa real comunidade escolar inclusiva desde a construção do seu Projeto pedagógico;
  • deve ter claro para todos: quais objetivos tem, que projetos propõe para que estes objetivos sejam alcançados, como as várias turmas e todos os alunos podem participar desse projeto
Incluir e ensinar não é fácil. Exige transformação na escola e no fazer do educador.
O educador não pode ver a deficiência como sinônimo de "menos". Pois assim tratada, ela passa a idéia de perda, de desvio da norma. Se há perda há algo a ser encontrado, recuperado ou normalizado. Temos então que correr atrás do prejuízo? Tentar tornar a criança com deficiência o mais parecida possível com o que chamamos de normal? Se tivermos essa concepção nosso trabalho já trás consigo o fracasso.
Por outro lado, se vermos a deficiência como diferença significativa (termo usado por Ligia Amaral) compreenderemos as peculiaridades do desenvolvimento humano permeado pela deficiência. Vamos perceber então que ninguém é incluído o tempo todo, pois somos diferentes um do outro. E é isso que nos torna nós mesmos.
Formação na inclusão:


O que não é:

  • uma formação que dá todas as respostas;
  • uma formação que fornece estratégias prontas;
  • uma formação que "habilita" o educador para lidar com todo e qualquer problema em sala de aula.
O que é :
  • uma forma de trabalhar o olhar do educador sobre o aluno;
  • uma forma de informar o educador sobre as peculiaridades de seus alunos;
  • uma forma de ajudar o educador a compreender as necessidades de seus alunos, a saber que tipo de ajuda precisa e onde encontrá-la.



"Na sociedade inclusiva não somos todos iguais, mas celebramos nossas diferenças!"

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Tirinhas!!!

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